És empreendedor mas não encontras um co-fundador técnico para lançar a tua startup? Há soluções

És aspirante a empreendedor ou um empreendedor não técnico e tens ideias para lançar um produto no mercado mas apenas não tens as skills de programação necessárias para materializar o produto? Certamente já procuraste resolver o problema...

Existem 3 opções para solucionar este dilema

1. Encontrar um co-fundador técnico que se junte à equipa

co-founder

Tentar encontrar um co-founder técnico é essencial para o sucesso de uma startup tecnológica, tarefa que pode revelar-se muito árdua visto existir mais procura que oferta e muita volatilidade laboral no que toca a talentos de programação. Adicionalmente, escolher alguém para fundar uma startup é um processo difícil, tendo em conta o quão vital será essa decisão.

Encontrar um co-fundador técnico e que esteja alinhado com os valores e forma de trabalhar do resto da equipa pode revelar-se complexo.

Numa startup a equipa é o elo fundamental, serão estes inpíduos que trarão diferentes perspetivas de várias áreas e colocarão toda sua habilidade e vontade na execução do projeto. Uma das razões estatisticamente mais causadoras do insucesso na criação de uma empresa é a escolha da equipa inicial.

Contudo, como vamos analisar nas próximas opções, em muitos casos, faz mais sentido optar, por exemplo, por adquirir skills técnicas em vez de procurar essa pessoa. É essencial que os fundadores mais business oriented tenham noções de como a tecnologia funciona porque vão perceber o seu produto em mais profundidade e conseguir trabalhar nele de facto, trabalhando de forma mais eficaz e utilizando de forma mais inteligente os recursos humanos para lançar um MVP com qualidade e rapidez.

Para encontrares o teu co-fundador técnico em Portugal

startup-weekend

O Startup Weekend realiza-se uma vez por ano em Lisboa e é uma oportunidade valiosa devido a como o evento está estruturado - os participantes têm que se juntar em equipas e desenvolver uma startup o que me permite um contacto bastante pessoal, ideal para conhecer potenciais co-founders.

O programa de pre-aceleração oficial da startup lisboa apresenta um programa imersivo onde também existe estrutura de equipas aliada a uma conectividade ainda maior com a comunidade e mentores de grandes empresas com Tesla, Spotify, Uniplaces, etc.

meetup

Todas as semanas realizam-se em lisboa vários meetups-eventos na comunidade ideais para networking como também para aprender sobre variados tópicos ligados ás startups. Exemplos: eventos Canopy Lisbon, Beta-i, Startup Lisboa e muitos mais. Algumas ligações: meetups tech, meetups empreendedorismo, calendário empreendedor.com e made of lisboa.

facebook

Em vários grupos de facebook é possível colocar posts em busca de potenciais elementos para juntar à equipa. Exemplo: aqui e aqui.

linkedin2

O Linkedin é uma ferramenta poderosa para recrutamento, devido à possibilidade de se poder procurar pessoas com cargos e skills específicas. Na eddisrupt, obtivemos taxas de resposta acima de 40%. Ampliando a rede 1º através de amigos e depois expandindo mesmo para desconhecidos. Depois desse passo, é possível enviar convites a pessoas até ao 3º grau de separação com uma mensagem, expandindo a rede e recrutando possíveis co-founders.

founder2be

Várias plataformas online destinadas a fazer match entre empreendedores contam com centenas de portugueses e milhões de pessoas por todo o mundo: AngelList, Founder2be e muitos outros.

websummit

Web Summit, Productize it, Landing Jobs Fest, tal como muitos eventos/conferências/Hackathons de maior dimensão são oportunidades para se criar ligações.

marketing

Para além da opção óbvia da disseminação da mensagem nas redes sociais pessoais e de amigos, com a criação de uma campanha paga de marketing no youtube, facebook, linkedin ou outro, é possível com poucos euros atingir milhares de pessoas num público alvo onde pode estar o teu co-founder. Com apenas 5 euros no facebook é possível atingir perto de 2 a 4 milhares de pessoas! Uma opção muito barata que com criatividade pode colher frutos interessantes.

2. Comprar um MVP (minimal viable product) no mercado

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Muitos empreendedores optaram por comprar um MVP já feito. Foi este o caso da Cuckuu, startup portuguesa que conta com mais 100 mil utilizadores em vários países - falámos com o João Jesus, um dos fundadores.

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"Quando criámos a Cuckuu a nossa equipa de founders não tinha a capacidade técnica para desenvolver o produto, não tínhamos conhecimentos dentro do nosso círculo de pessoas com essa capacidade então tivemos que conseguir o nosso primeiro investimento com as ideias em papel, tínhamos conceito, design e business plan e mais nada (..) Depois de muita busca encontramos uma empresa nos Estados Unidos, bem pensávamos que era mas lá é um pequenos escritório e depois na Índia são 600 developers".

A vantagem desta opção é que se consegue um MVP barato através de outsourcing, por exemplo. A grande desvantagem é que não é possível ou difícil desenvolver esse software a partir dessa fase de validação porque os fundadores ou equipa técnica inicial não dominam a arquitetura do software. Torna-se portanto mais adequado depois da startup colher o primeiros resultados, construir novamente a aplicação de raíz, já com os aspetos de modelo de negócios, mercado (etc) validados, ou com até investimento.

Com esta opção, apesar de se obter preços mais baratos devido a desvalorização cambial (consegue-se encomendar um MVP com 5000-15.000$ por exemplo, dependendo da complexidade), corre-se o risco de, recorrendo a outsourcing no estrangeiro, encontrar problemas de comunicação ou mesmo qualidade na produção dessa tecnologia. Para optar por contratar uma entidade para desenvolver o software com maiores garantidas de qualidade escolher uma consultora/dev shop em Portugal será uma melhor opção, obtendo preços muitos variados entre os 10k-70k, dependendo da tecnologia (exemplos: Altar.io, YLD, Growin, etc).

"Uma coisa que não acho que funciona é outsourcing completo no início do projeto é preciso a equipa toda ter uma visão e discutir essa visão junta então fomos viver para a Índia durante quase 4 meses. Hoje temos uma equipa nossa na Índia (...)".

Em muitas ocasiões esses montantes, apesar de não serem muito elevados, podem não estar dentro do orçamento de uma startup. Existem outras opções mais baratas dependendo do tipo de produto que se está a lançar. WordPress, Shopify, Facebook store e até plataforma que vendem ou alugam marketplaces (ex: Arcadier) ou opções drag and drop para construir aplicações (ex: Bubble), existem muitas opções no mercado para se validar modelos de negócio. Estas últimas opções tanto podem ser ideias como no caso do ecommerce como podem ser muito limitadas para desenvolver/alterar novas features.

"(..) não é fácil a comunicação e algumas das diferenças de cultura mas também tem vantagens pois se precisarmos de conhecimentos específicos e que não precisamos que sejam full time temos um pool de talento gigante, não é tão barato como as pessoas pensam porque escolhemos os melhores mas acaba por se comparado com alguns países se estivéramos a ver o mesmo nível de experiência. Resumindo tem vantagens e desvantagens e não é uma solução para toda a gente".

3. Obteres skills em programação e tornares-te tu nesse fundador técnico

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Para nós, esta solução é mais eficaz pois tanto permite ter um custo muito reduzido ou zero em investimento financeiro direto como dá um novo insight aos fundadores que não têm um background técnico.

Para equipas com apenas fundadores não técnicos esta solução revela-se adequada pois evita trazer um numero excessivo de pessoas para a equipa de fundadores, dando novas skills aos já existentes tornando-os empreendedores versáteis que tanto podem dominar aspetos bussiness como aspetos de programação, características fundamentais conjugadas para product developers e business developers de topo.

Outro fator relevante é o tempo - é possível aprender a programar e desenvolver um MVP entre 1-5 meses dependendo da carga horária e opção escolhida, o que se pode revelar uma escolha com poucos custos e rápida, como impactos a longo prazo para os fundadores e empresa.

Como solucionar?

1. Cursos online grátis

Cursos online grátis como o freeCodeCamp, Codeacademy, KhanAcademy - a grande vantagem destes cursos é serem grátis mas apresentam persas dificuldades. Em primeiro lugar, quem quer começar do nível zero terá dificuldade em evoluir rápido só com ferramentas online, em segundo lugar, existem centenas de cursos disponíveis em dezenas de linguagens diferentes tornando essa escolha possivelmente errada para quem não domina a matéria.

Por último, mas mais importante, tirar um curso numa linguagem isolada não colherá resultados na construção de aplicações visto que para construir uma aplicação, seja web, seja mobile, é necessário uma compreensão de arquitetura de aplicações e de como várias linguagens de conjugam nos diferentes componentes (back-end e front-end) para criar uma aplicação dinâmica.

2. Cursos online pagos

Cursos online pagos como Udemy, OneMonth, Treehouse, Lynda, SkillShare, etc - podem apresentar alguns cursos de maior qualidade e mais completos. Alguns contém todas as componentes para se ter uma perspetiva completa na construção de aplicações.

Consegue-se preços muito acessíveis em muito casos (ex: 10 euros). O único contra é a evolução lenta para iniciantes, visto ser uma fonte estática de conhecimento, não tendo a eficiência de um professor que rapidamente transmite informação e calibra a aprendizagem em tempo-real.

3. Bootcamps

Bootcamps presenciais como Academia de código, Le Wagon ou Up Academy são um opção muito robusta para quem se quer tornar um developer ou lançar um produto (mais Le Wagon neste caso).

Programas muito completos como vários professores experientes. Os grandes contras são o preço (6000$) e o facto de serem full-time (não é possível compatibilizar com outras responsabilidades académicas ou profissionais) ou requerem um contrato profissional numa empresa. Existem ainda cursos mais baratos com a EDIT, mas com as dificuldades restantes dos outros bootcamps.

4. Bootcamp Eddisrupt

Nós criámos a solução que achamos ser a melhor, por isso faz sentido apresentá-la.

Com um preço mais acessível de 320 euros por mês durante 8 meses, poderás realizar um percurso formativo de +800 horas pós-laboral, sendo possível compatibilizar com compromissos académicos ou laborais, totalmente remote. São ensinadas várias linguagens focadas em Front-end, que permitem uma maior especialização e foco em te tornares um fron-end developer.

-> Clica aqui para veres o programa